
Infelizmente, ainda há gestores que confundem autoridade com distanciamento. Não dialogam com os moradores, não frequentam os bairros mais afastados, não participam da rotina da cidade. Essa postura burocrática e fria, muitas vezes alimentada por um certo conforto do cargo, gera uma administração míope, desconectada das reais demandas da população. O resultado é visível: frustração coletiva, serviços públicos ineficientes, oportunidades perdidas e, o mais grave, um retrocesso no desenvolvimento humano e social da comunidade.
Outra falha recorrente está na obsessão pelo passado. Em vez de enxergá-lo como fonte de aprendizado e aprimoramento, alguns gestores o utilizam como desculpa para justificar sua própria inércia. Criticam gestões anteriores, culpam seus antecessores por todos os males e se escondem atrás de narrativas que pouco contribuem para soluções concretas. Isso é não apenas improdutivo, mas também desonesto com a população, que espera propostas, ação e resultados — e não lamentações.
A inteligência de um prefeito não está na sua capacidade de apontar culpados, mas em sua habilidade de diagnosticar problemas com clareza, propor soluções viáveis e executá-las com coragem. Líderes que compreendem isso sabem que administrar é mais do que gerir recursos: é liderar pessoas, inspirar confiança, construir pontes entre governo e sociedade civil, e tomar decisões que preparem o município para os desafios do presente e do futuro.
Municípios pujantes são frutos de prefeitos presentes, que dialogam, escutam e trabalham lado a lado com o povo. São lideranças que compreendem que o crescimento de uma cidade é um projeto coletivo, e que nenhuma transformação verdadeira ocorre sem participação popular. Quando o povo se sente ouvido, respeitado e incluído nas decisões, o sentimento de pertencimento cresce, a cidadania se fortalece e a cidade avança.
Por outro lado, o rancor político, as disputas pessoais e a tentativa constante de deslegitimar adversários são armadilhas perigosas. Alimentar esse tipo de sentimento é cavar a própria derrocada. Uma administração que governa com o fígado, e não com a razão, tende a se perder no labirinto das vaidades e das disputas estéreis.
O tempo não volta. O que temos é o agora, e dele deve nascer o futuro que queremos. Prefeitos inteligentes sabem disso. Escolhem agir, planejar, ouvir, dialogar e unir forças. E, assim, fazem de seus municípios exemplos de pujança, inclusão e progresso real.
Apenas isso. Nda mais que isso
Tudo pode acontecer. Inclusive nada.