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Máquina de Ensaios Mecânicos é desenvolvida no Instituto Federal de Ibirubá
Uma máquina de ensaios mecânicos foi projetada e desenvolvida no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Ibirubá.
Trata-se de uma máquina ensaios de fadiga por flexão rotativa a qual teve seu projeto idealizado pelo Professor Adão Felipe Oliveira Skonieski, tendo sido executada dentro de componentes curriculares do curso de Engenharia Mecânica e através de Trabalho de Conclusão de Curso do aluno egresso olmei Borghardt. O equipamento tem como objetivo determinar o comportamento de aços sob a forças alternadas que provocam a fadiga mecânica de metais.
Para contextualizar ao público geral, fadiga é um fenômeno que ocorre quando um material metálico, submetido a cargas cíclicas repetidas, sofre uma degradação progressiva de suas propriedades mecânicas, levando a uma fratura ou ruptura, mesmo que as tensões aplicadas sejam inferiores à resistência estática do material. Este tipo de ensaio é fundamental para determinação, entre outras coisas, de critérios de segurança em materiais usados em projetos mecânicos.
Diversos são os casos de acidentes relacionados a este tipo de falha. O acidente do piloto brasileiro Ayrton Senna, por exemplo, foi devido à quebra da coluna de direção do seu carro que ocorreu por uma trinca de fadiga originada por conta de uma extensão de aço com solda de baixa qualidade naquela peça.
No ano de 1998, em Eschede, na Alemanha, a ruptura de um eixo de um vagão de um trem de alta velocidade o fez descarrilar e colidir com uma ponte rodoviária, vitimando mais de uma centena de pessoas. Recentemente, o Conselho Nacional de Segurança dos Transportes dos Estados Unidos afirmou que há sinais de “fadiga no metal” de uma das pás do motor de um avião da United Airlines que quebrou logo após uma decolagem em 2021.
Na ocasião o piloto conseguiu retornar ao aeroporto de Denver salvando a vida de 241 pessoas. Outro caso famoso recente é a implosão do submersível Titan em 2023 é atribuída a uma falha por fadiga na fibra de carbono do casco.
O equipamento foi totalmente construído com recursos físicos e financeiros oriundos do próprio Instituto Federal bem como contribuições particulares do próprio docente e discentes envolvidos. Só para se ter uma ideia comparativa, caso este tipo de equipamento fosse adquirido de fabricantes externos, o custo da aquisição seria de aproximadamente $ 25.000,00 (vinte e cinco mil dólares) além de todas as taxas de importação que poderiam facilmente dobrar este valor.
Atualmente o equipamento está servindo para a realização diversos trabalhos de pesquisa e de conclusão de cursos, podendo também atender a comunidade externa por meio de projetos de extensão. "
