Jogando em Assunção, no Paraguai, na noite desta terça-feira (10), a Seleção Brasileira foi derrotada pelos donos da casa por 1 a 0, em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Com o resultado, a equipe comandada por Dorival Júnior caiu para a quinta posição na tabela, com 10 pontos. O próximo compromisso do Brasil será contra o Chile, no dia 10 de outubro, em Santiago.
Não se sabe se o Brasil estará na final da Copa do Mundo de 2026, como previu, em tom de promessa, duas vezes o técnico Dorival Júnior. Não se sabe sequer se a Seleção Brasileira conseguirá vaga para jogar o Mundial sediado nos Estados Unidos, Canadá e México. Certo é que o caminho até lá será longo e hoje, a julgar pelo futebol pobre que joga a equipe nacional, vai perdurar a seca de títulos e vão permanecer a raiva e frustração do torcedor.
O jogo
No primeiro tempo, Rodrygo foi o único a ter alguns lampejos de bom futebol no primeiro tempo. Sozinho, porém, pouco pôde fazer no meio de campo a estrela do Real Madrid. Os outros astros do time espanhol, Endrick e Vinícius Júnior se apresentaram mal. Lucas Paquetá fez menos ainda. Errou quase tudo que tentou – principalmente passes – e se preocupou mais em reclamar do que em jogar. A seleção não funcionou coletivamente mais uma vez.
O único lance possível de se destacar foi a finalização de Guilherme Arana que não virou gol porque Júnior Alonso tirou perto da linha. No lance, Endrick fez bonita virada de jogo para Vini Jr, que driblou o marcador antes de rolar para o lateral-esquerdo finalizar. Foi apenas isso que fizeram nos 45 minutos iniciais os brasileiros.
Já os paraguaios criaram mais apesar de suas limitações técnicas e foram eficientes. Em síntese, executaram com mais competência a estratégia desenhada. Companheiro de Messi no Inter Miami, o volante Diego Gómez foi bastante feliz quando acertou lindo chute de trivela que bateu na trave antes de encontrar as redes.
Na etapa final, o Brasil teve mais volume de jogo, trocou mais passes e agrediu mais o Paraguai, mas seguiu incapaz de ser envolvente e dominar o oponente. Continuou inócuo o time de Dorival, mesmo com as mudanças que fez o técnico – as primeiras foram João Pedro e Luiz Henrique nas vagas de Endrick e Bruno Guimarães. Até melhorou, mas não a ponto de mudar o roteiro do jogo.
O cenário permaneceu favorável ao Paraguai, que se armou com competência na defesa e conseguiu encaixar alguns contra-ataques. Não aproveitou nenhum deles, mas se segurou na defesa graças ao talento de Gatito Fernández e à incompetência da Seleção Brasileira.
O goleiro apareceu para defender duas finalizações de Vini Jr no final. Pegou sem dificuldades uma conclusão fraca e se esticou para espalmar um chute potente do astro do Real Madrid. Também chegou pelo alto o Brasil. Abusou, aliás, das bolas aéreas, já que faltou talento, organização e ousadia para furar por baixo o ferrolho paraguaio.
Ficha técnica
– Paraguai: Gatito Fernández; Juan Cáceres, Fabián Balbuena, Omar Alderete (Velásquez) e Júnior Alonso; Damián Bobadilla, Mathías Villasanti, Diego Gómez; Miguel Almirón (Riveros), Julio Enciso (Cuenca); Isidro Pitta. Técnico: Gustavo Alfaro.
– Brasil: Alisson, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana (Estêvão); André, Bruno Guimarães (Luiz Henrique) e Paquetá (Gerson); Rodrygo (Lucas Moura), Vini Jr. e Endrick (João Pedro). Técnico: Dorival Júnior.
– Arbitragem: Árbitro: Andrés Matonte (URU). Assistentes: Nicolás Tarán e Andres Nievas (URU).