Após o quarto aumento no preço dos combustíveis desde 1º de janeiro, Bagé, que consta na pesquisa da Agência Nacional do Petróleo como o destino mais caro do País entre 57 municípios pesquisados, o valor da gasolina comum na bomba chegou a R$ 6. É o que aponta uma pesquisa feita pela reportagem do Expresso Pampa nos postos de Bagé.
Nos pontos de venda na avenida Santa Tecla, os preços oscilaram entre os seguintes preços R$ 5,83, R$ 5,87, R$ 5,89 e a mais cara, a R$ 5,999, conforme aponta a pesquisa. Vale lembrar que os valores informados não incluem descontos ou programas de fidelidade ou pontos, somente o valor direto ao consumidor.
Ontem, 18 de fevereiro o presidente anunciou que iria zerar a carga de impostos sobre o diesel e o gás de cozinha por, pelo menos dois meses, até que sejam anunciadas novas medidas, contudo, não foram especificadas quais, a menos que se considerem como fatos consumados as promessas futuras.
No mesmo dia, a Petrobras anunciou o aumento de 10% a 15% no valor cobrado pelos combustíveis a serem repassados na cadeia de distribuição e venda. Apesar da linguagem impositiva típica do mandatário, hoje, o Diário Oficial da União não publicou nada relacionado a impostos zerados para gás de cozinha e diesel.
Na última pesquisa de preços divulgada pela ANP, com valores já desatualizados, realizada entre 7 e 13 de fevereiro, o valor médio ao consumidor chegava a R$ 5,71 em Bagé. Já o valor do gás de cozinha (GLP 13kg) era comercializado a R$ 80. Com o aumento previsto para entrar em vigor hoje, os postos já reajustam os valores nas bombas.
Caso o consumidor tenha de abastecer ao valor de R$ 5,99 por litro para encher o tanque de um carro de passeio com 50 L de capacidade, ele vai ter que pagar R$ 299,50 e se ele precisa completar ao menos uma vez por semana, a conta vai chegar a R$ 1 198, por mês, somente em gasolina, o que é praticamente o mesmo valor do salário mínimo atual, R$ 1 100, isso até o próximo aumento dos combustíveis, que mesmo que sejam zerados os impostos sobre os combustíveis, o governo tem pouca margem de manobra para segurar a cotação do dólar neste momento de crise.
O impacto no bolso, principalmente de quem precisa do veículo pra trabalhar, será ainda mais pesado, pois também é preciso custear moradia, água, luz, telefone, alimentação, saúde e outras necessidades básicas.
Expresso Pampa