Éder Rezini, de 40 anos, foi assassinado após ser perseguido pelo autor, que teve prisão preventiva decretada. Crime aconteceu em Tijucas, na Grande Florianópolis
Uma briga de trânsito, perseguição e um assassinato à queima-roupa na frente da família. Assim concluiu a Polícia Civil sobre os fatos que levaram ao homicídio do corretor de imóveis Éder Rezini, de 40 anos, morto no último sábado, dia 5 de outubro, na casa dos pais dele em Tijucas, cidade na Grande Florianópolis. O autor dos disparos, que se chegou a se apresentar na polícia três dias depois, teve a prisão preventiva decretada na sexta-feira (11) e é considerado foragido.
No pedido de prisão, analisado e concedido pelo juiz Luiz Carlos Vailati Júnior, da Vara de Tijucas, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) detalha os acontecimentos que levaram à conclusão da investigação. O g1 não localizou a defesa do autor dos disparos, identificado como Tiago Vargas Pettirini.
Na noite do crime, Éder havia ido ao supermercado. No trajeto, houve uma discussão com o suspeito por conta de uma manobra no trânsito, momento em que o criminoso, mesmo acompanhado da esposa e da filha de colo, seguiu a vítima, apontou a investigação.
Ao chegar na residência dos pais, Éder desceu do carro, retirou algumas sacolas com a ajuda da filha e foi abordado por Tiago. Sem chance de defesa, foi atingido por tiros, afirma o Ministério Público.
A mãe de Éder gritou para o assassino e pediu para que ele não disparasse mais, assim como a esposa do autor, mas não adiantou. Com a arma próxima ao peito da vítima, ele atirou mais de uma vez. Ensanguentado, Éder correu para dentro de casa e morreu nos braços da mãe, diante da filha e do sobrinho.
A mulher contou em depoimento que na hora de disparar, o motorista disse a Éder que ele “não fecharia mais ninguém [no trânsito]”.
Tiago se apresentou à polícia dois dias depois do homicídio e deu uma versão diferente, alegando que agiu em legítima defesa ao ser ameaçado com um facão ao questionar as atitudes de Eder enquanto condutor. O relato, no entanto, não se sustentou até o momento por falta de provas.
O inquérito foi finalizado e o Ministério Público pediu a prisão preventiva. O suspeito foi indiciado por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo.
Fonte: G1